sábado, 8 de agosto de 2015

ISLÃ E CATOLICOS



Em 638, o Califado islâmico alargou a sua soberania para Jerusalém. Neste momento, Jerusalém foi declarada a terceira cidade mais sagrada do Islã após Meca e Medina, e referido comoal Bait al-Muquddas. Mais tarde, ele era conhecido como al-Qods al-Sharif.      Com a conquista árabe, os judeus foram autorizados a regressar à cidade.       O califa Rashidun Omar ibn al-Khattab assinou um tratado com o patriarca Cristão Monofisista Sofrônio, assegurando-lhe que os lugares sagrados cristãos de Jerusalém e a população cristã seriam protegidos ao abrigo do Estado muçulmano.     Omar foi conduzido à Pedra Fundamental no Monte do Templo, no qual ele claramente recusou, pois se preparava para construir uma mesquita. De acordo com o bispo gaulês Arculf, que viveu em Jerusalém a partir de 679 a 688, a Mesquita de Omar era uma estrutura retangular de madeira construído sobre ruínas que poderia acomodar 3000 seguidores. 
PRIMEIRA CRUZADA (1096-1099) 
O movimento foi instigado pelo papa Urbano II, que, no Concílio de Clermont (1095), pediu a ação de líderes cristãos para afastar o perigo muçulmano. Sem esperar uma segunda ordem, camponeses, religiosos e aventureiros partiram da França numa expedição improvisada que terminou em fracasso. Enquanto isso, a Cruzada "oficial", formada por quatro grupos seguindo rotas diferentes, chegou a Constantinopla, de onde marchou para Jerusalém, conquistada em julho de 1099. 
SEGUNDA CRUZADA (1147-1149) 
Conflitos constantes entre as várias colônias cristãs instaladas no Oriente levaram o papa Eugênio III a lançar uma nova Cruzada para restaurar a ordem na região. Mas mudanças políticas no mundo islâmico permitem ao príncipe Saladino, um de seus maiores líderes, unificar a Síria e o Egito sob domínio turco, reforçando sua posição militar. Em 1187, os muçulmanos retomaram Jerusalém e cerca de 16 000 cristãos foram vendidos como escravos. 
TERCEIRA CRUZADA (1189-1192) 
Com a Europa frustrada pela perda de Jerusalém, o papa Clemente III organiza a campanha para reconquistar a cidade. Vários ataques são lançados, sem sucesso. Em 1191, os reis cristãos que lideravam a expedição negociam um acordo com o inimigo: Jerusalém permanece sob domínio turco, mas os cristãos têm acesso ao Santo Sepulcro. 
QUARTA CRUZADA (1202-1204) 
Desde que se tornou papa, em 1198, Inocêncio III pregava uma nova Cruzada para recuperar Jerusalém. Mas a expedição que partiu de Veneza em 1202 tinha como objetivo principal atacar Constantinopla, que - depois de aderir à Igreja Ortodoxa - já não reconhecia a autoridade papal. Constantinopla foi ocupada e saqueada pelos cruzados em 1203. Mas eles foram expulsos da cidade no ano seguinte. 
QUINTA CRUZADA (1218-1221) 
Atacar o Egito era cogitado desde a Terceira Cruzada, para conquistar posições que pudessem ser barganhadas com os muçulmanos em troca da devolução de Jerusalém. Assim, a Quinta Cruzada concentrou-se em tomar o porto egípcio de Damietta, em 1219. Mas a falta de reforços obriga os cruzados a desocupar a cidade. E a missão fracassa. 
SEXTA CRUZADA (1228-1229) 
Em 1228, Frederico II, imperador da Alemanha, chegou à Terra Santa e, por casamento, tornou-se rei de Jerusalém, negociando a recuperação do controle sobre a cidade. Mas novos conflitos internos enfraqueceram os cruzados, que, em 1243, foram expulsos da região. No ano seguinte, os turcos voltaram a tomar Jerusalém. 
GUERREIRO CRUZADO 
Sua proteção era a cota de malha, vestimenta feita com pequenas argolas de metal encadeadas, que demorava cinco anos para ser confeccionada e pesava mais de 10 quilos, cobrindo o peito, as costas e os braços. O capacete tinha uma viseira removível. O escudo trazia a cruz, que também enfeitava o manto de tecido branco usado sobre a cota de malha. Sua principal arma era a espada, eventualmente empunhada com as duas mãos. 
SÉTIMA CRUZADA (1248-1254) 
Liderada por Luís IX, rei da França, que, mais tarde, seria canonizado como São Luís, a expedição buscava retomar os ideais religiosos da Primeira Cruzada. Permaneceu quatro anos na Síria, mas sem sucesso. Em 1268, o sultão Baibars, que conseguira reunificar a Síria e o Egito, expulsou mais uma vez os cruzados da Terra Santa. 
GUERREIRO MUÇULMANO 
Sua cota de malha era mais leve que as dos cruzados, dando maior mobilidade. A cabeça era protegida por um capacete pequeno e sua espada - a famosa cimitarra - possuía lâmina curva, facilitando o manuseio a cavalo. Arqueiros de grande habilidade, disparavam flechas certeiras mesmo sobre montarias a galope. Outra arma característica era a maça, bloco de ferro com pontas aguçadas, preso a um cabo de madeira ou a uma corrente. 
OITAVA CRUZADA (1270-1291) 
Luís IX, preso pelos muçulmanos, foi libertado depois de pagar resgate e, em 1270, desembarcou em Cartago (Túnis). Ali, o sultão local prometeu converter-se e ajudar os franceses. Em vez disso, ele voltou-se contra os cristãos, que tiveram sua posição enfraquecida com a morte de Luís IX no mesmo ano. Em 1291, o reino franco deixa de existir no Oriente.