A IGREJA CELTA E O PAPADO.
Revisado 19/06/2021
Esses celtas era um povo sensível e místico, e praticavam sua própria
religião adorando a natureza e, principalmente, a Mãe Terra. Com o tempo os
celtas foram se romanizando. Os legionários, mercadores, soldados e
administradores levaram à colônia suas leis, costumes e religião. Entre eles
havia provavelmente aqueles que tinham abraçado a fé cristã e oravam
secretamente a Deus, enquanto os seus companheiros prestavam honras ao império,
ao imperador e aos deuses das religiões de mistério. Estamos aqui no terreno das
conjecturas.
A história não deixou documentos que pudessem provar a veracidade
dos fatos. Por isso, nos lugares marcados pelo silêncio da história, encontramos
lendas e tradições que falam de viagens missionárias que teriam sido feitas
àquela ilha pelos apóstolos Paulo e Filipe e por José de Arimatéia. A primeira
referência histórica sobre a existência de cristãos na Grã-Bretanha foi
registrada por Tertuliano que, em 208 a.d, fala de regiões da ilha que haviam se
convertido ao cristianismo. Pouco se sabe sobre esses cristãos durante o segundo
século.
No século III há uma clara evidência das comunidades cristãs em
meio aos celtas embora não fossem grandes, nem fortes. Essa igreja era chamada
de Igreja Celta, muito mais próxima das igrejas orientais (ortodoxas) do que com
a igreja ocidental (romana). Esta evidência é clara pois no Concílio de Arles
314 a.d., no sul da França, três bispos ingleses participaram, este fato mostra
que já havia uma igreja organizada na grande ilha. Também participaram bispos
ingleses nos Concílios de Nicéia 325 a.d. e de Ariminium 359
a.d.
Durante o século IV assume o trono romano um general famoso chamado
Constantino. Este divide seu trono com seu colega Licínio e publicam o famoso
Edito de Milão 313 a.d., dando liberdade religiosa e acabando com as
perseguições aos cristãos.
Assim pouco a pouco a Igreja inglesa foi se
organizando. Supõe-se que a maioria de seus membros era formada pelos celtas
semi-romanizados, desprovidos de recursos. Por volta do século V a
província romana viu desaparecer de seu território as legiões de soldados
romanos, o que facilitou a invasão dos bárbaros. Estes bárbaros, principalmente
de origem anglo-saxônica, conquistaram os celtas britânicos. A antiga
civilização romana desapareceu naquele lugar e com ela o cristianismo inicial.
Em seu lugar os bárbaros impuseram uma nova forma de sociedade, civilização e
cultura, mais rude e sem os requintes da vida romana, sendo que destruíram as
igrejas e reduziram a prática da fé cristã durante quase 150 anos.
Os
sobreviventes que não quiseram se submeter à dominação fugiram em direção ao
oeste e se estabeleceram nas montanhas de Gales ou entre os picos da
Cornualha. No século VI o trono papal foi ocupado por um homem chamado
Gregório I ou Magno que tinha como preocupação a vocação missionária. No livro
II do Venerável Beda, "Uma História da Igreja e do Povo Inglês", escrito em
torno do ano de 850, é relatado que Gregório, antes de se tornar Papa, viu umas
crianças loiras a venda no mercado de Roma.
Quando contaram para ele que eram da
Grã Bretanha, de uma raça chamada "anglos", Gregório teria dito: "non angli, sed
angeli", que significa, "não anglos, mas anjos" (uma paródia moderna traduziu as
palavras de Gregório como "não anjos, mas anglicanos"). Logo depois que ele se
tornou Papa enviou missionários para evangelizar a terra dessas
crianças.
Assim o papa Gregório
Magno enviou o primeiro núncio à Inglaterra em 597 a.d, com o propósito de
cristianizar aquele povo.
O monge tão famoso era Santo Agostinho* que comandando
um grupo de monges chega a, então, poderosa cidade de Kent e lá funda uma Igreja
em Cantuária, no litoral de Kent. Mas Agostinho encontra ali uma Igreja que os
historiadores descreveram como biblicamente ortodoxa e vibrante no evangelismo.
O papa nomeia Agostinho autoridade eclesiástica suprema na Inglaterra dando
início à longa cadeia de Arcebispos de Cantuária. O trabalho de Agostinho não foi
tão fácil, pois lá já estavam alguns monges irlandeses e escoceses que havia
recristianizado o norte da Inglaterra (Nortúmbria). O problema, porém, é que já
existiam cristãos na Grã Bretanha (a Igreja Celta), e estavam lá provavelmente
desde o Século II. Mesmo que os Saxões tenham destruído muito a herança Céltica
da Grã Bretanha, a antiga Igreja Celta sobreviveu em alguns lugares e,
naturalmente, tendo se desenvolvido no seu isolamento, tinha algumas pequenas
diferenças do cristianismo Continental. Por exemplo, a Igreja Celta tinha
simplesmente evitado as heresias cristológicas dos séculos IV e V, que foram
sedimentadas no Concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedônia.
Assim de um
lado Roma e o papado, de outro os monges sob o comando de Iona que desconfiavam
muito desses cristãos estrangeiros que se dava muito bem com os invasores e
falavam em um papado do qual sabia muito pouco. Em 603, Agostinho chamou
representantes da Igreja Celta numa tentativa de convencê-los a se submeter as
práticas e disciplinas romanas, mas eles recusaram. Santo Agostinho morreu em
605, mas a questão das diferenças entre a Igreja Britânica e a Igreja Romana
continuou sendo motivo de controvérsias. A obra missionária iniciada por
Agostinho foi consolidada por uma segunda missão romana liderada por Teodoro de
Tarso.
Assim as medidas da história se repetem. E por qual motivo elas se repetem?
O principal ponto de discórdia era a data da Páscoa, pois a Igreja
Celta seguia uma tradição bem mais antiga do que a Igreja de Roma (tradição
joanina). Havia questões menores, como a forma da tonsura monástica, a área
raspada da cabeça do monge. Finalmente, em 664 a.d, Sínodo de Whitby, em Whitby,
na Northumbria, a questão foi resolvida em Concílio, por votação e através de
decreto do rei Oswy, que decidiu em favor das práticas e costumes romanos, sendo
a Igreja Celta obrigada a se submeter a Roma. Mas algumas Igrejas Celtas
permaneceram independente por muitos anos na Weles, Ireland e Scotland (as
diferenças foram a administração de mosteiro e outras pequenas coisas como o
data de Páscoa etc). Segundo o próprio rei afirmou, Pedro tinha as chaves do
Reino de Deus, e o Papa era o sucessor de Pedro!
Mesmo no século VII tivemos o
problema da autoridade política resolvendo questões religiosas...Então,
a presente alegação dos anglicanos de ser católicos sem ser romanos não é nova.
No Concílio de Whitby encontramos um cristianismo britânico autêntico e
aborígene, suprimido por aqueles que não conseguem distinguir entre Catolicismo
e uniformidade eclesiástica. A Igreja Cristã na Inglaterra sempre reclamou a sua
independência histórica, e mesmo que durante 850 anos a Inglaterra tenha sido
nominalmente católica, ela sempre foi uma mancha para o
papado.
http://anglicanchurch.weebly.com/historia.html
No ano de 1054
No ano de 1054
O Grande Cisma foi o evento que causou a ruptura da Igreja Cristã, separando-a em duas: Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Católica Apostólica Ortodoxa, a partir do ano 1054, quando os líderes da Igreja de Constantinopla e da Igreja
"Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam? Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre; Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa? Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos, E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas? Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
"JÓ 38:04-12
Assim as medidas da história se repetem. E por qual motivo elas se repetem?
As medidas intermediárias se repetem para nos mostrar que Deus não os homens estão no controle de tudo. Nem todas as coisas que ocorrem é da vontade de Deus, mas se estas ocorrem foi permitida no tempo que Ele permite.
Eu e você não pode mudar os acontecimentos históricos permitidos por Deus, mas podemos escolher de que lado estaremos quando se cumprir. Assim fez Pilatos E Herodes ao se posicionar quanto ao julgamento de Cristo. Eles não poderiam impedir a morte do cordeiro de Deus pois o tempo havia chegado segundo Jesus afirmou, mas poderiam escolher de que lado estaria no ocasião.
Pense sobre isto.