sexta-feira, 15 de abril de 2016

A MEDIDA DA IGREJA CELTA.

O CRISTIANISMO NA INGLATERRA. 

Quem tem o costume de estudar minhas postagens já encontrou esta medida de 457 anos muitas vezes. Hoje quero falar um pouco sobre as igreja Celtas, (INGLATERRA) existentes antes de Gregório iniciar sua evangelização neste território.

O ano 597 d C. o papa Gregório busca evangelizar a Inglaterra, mas encontra uma igreja organizada , em verdade 365 igrejas . 
A Grã-Bretanha era um baluarte de cristianismo verdadeiro, durante séculos, começando no tempo do apostolo Paulo, a igreja floresceu no território. Conhecida como  Igreja Celta é a primeira Igreja Cristã instituída na Inglaterra. Este povo já vivia neste local antes da chegada dos anglo-saxões, e resistiram à cultura pagã que seus dominadores queriam lhes impor. Eles edificaram uma instituição livre, sem vínculos com Roma ou qualquer outra matriz, organizada de forma monástica e tribal, com traços orientais.

Quando Agostinho enviou missionários a esta região ele não os evangelizou como se prega, mas impôs gradualmente os cristãos nativos a aceitarem as imposições de Roma, ainda que seu trabalho ali converteu muitos.

No ano 597 um monge católico, Agostinho, foi enviado a Grã-Bretanha pelas ordens do "papa“ ( Gregório I ) para converter os  Anglicanos,

Contudo após 457 anos deste encontro ouve a Cisão da igreja Ortodoxa, pois o patriarca de Constantinopla rejeitou a supremacia de Roma, (1054).
Durante a era cristã a igreja dominava quase todo o mundo antigo conhecido. E nesse processo de conquista, as legiões romanas chegaram até a Inglaterra que na época, passou-se a chamar Bretanha, como província romana. Esta conquista se deu num processo demorado porque os celtas britânicos não aceitaram com facilidade esta dominação.
A história não deixou documentos que pudessem provar a veracidade dos fatos. Por isso, nos lugares marcados pelo silêncio da história, encontramos lendas e tradições que falam de viagens missionárias que teriam sido feitas àquela ilha pelos apóstolos Paulo e Filipe e por José de Arimateia
A primeira referência histórica sobre a existência de cristãos na Grã-Bretanha foi registrada por Tertuliano que, em 208 a.d, fala de regiões da ilha que haviam se convertido ao cristianismo. Pouco se sabe sobre esses cristãos durante o segundo século.  No século III há uma clara evidência das comunidades cristãs em meio aos celtas embora não fossem grandes, nem fortes. Essa igreja era chamada de Igreja Celta, muito mais próxima das igrejas orientais (ortodoxas) do que com a igreja ocidental (romana). Esta evidência é clara pois no Concílio de Arles 314 a.d., no sul da França, três bispos ingleses participaram, este fato mostra que já havia uma igreja organizada na grande ilha. Também participaram bispos ingleses nos Concílios de Nicéia 325 a.d. e de Ariminium 359 a.d.   
Durante o século IV assume o trono romano um general famoso chamado Constantino. Este divide seu trono com seu colega Licínio e publicam o famoso Edito de Milão 313 a.d., dando liberdade religiosa e acabando com as perseguições aos cristãos.  Assim pouco a pouco a Igreja inglesa foi se organizando. Supõe-se que a maioria de seus membros era formada pelos celtas semi-romanizados, desprovidos de recursos.  Por volta do século V a província romana viu desaparecer de seu território as legiões de soldados romanos, o que facilitou a invasão dos bárbaros. Estes bárbaros, principalmente de origem anglo-saxônica, conquistaram os celtas britânicos. A antiga civilização romana desapareceu naquele lugar e com ela o cristianismo inicial.
Em seu lugar os bárbaros impuseram uma nova forma de sociedade, civilização e cultura, mais rude e sem os requintes da vida romana, sendo que destruíram as igrejas e reduziram a prática da fé cristã durante quase 150 anos.  Os sobreviventes que não quiseram se submeter à dominação fugiram em direção ao oeste e se estabeleceram nas montanhas de Gales ou entre os picos da Cornualha. 

No século VI o trono papal foi ocupado por um homem chamado Gregório I ou Magno que tinha como preocupação a vocação missionária. No livro II do Venerável Beda, "Uma História da Igreja e do Povo Inglês", escrito em torno do ano de 850, é relatado que Gregório, antes de se tornar Papa, viu umas crianças loiras a venda no mercado de Roma. Quando contaram para ele que eram da Grã Bretanha, de uma raça chamada "anglos", Gregório teria dito: "non angli, sed angeli", que significa, "não anglos, mas anjos" (uma paródia moderna traduziu as palavras de Gregório como "não anjos, mas anglicanos"). Logo depois que ele se tornou Papa enviou missionários para evangelizar a terra dessas crianças. Assim o papa Gregório Magno enviou o primeiro núncio à Inglaterra em 597 a.d, com o propósito de cristianizar aquele povo. O monge tão famoso era Santo Agostinho que comandando um grupo de monges chega a, então, poderosa cidade de Kent e lá funda uma Igreja em Cantuária, no litoral de Kent
Mas Agostinho encontra ali uma Igreja que os historiadores descreveram como biblicamente ortodoxa e vibrante no evangelismo. O papa nomeia Agostinho autoridade eclesiástica suprema na Inglaterra dando início à longa cadeia de Arcebispos de Cantuária. O trabalho de Agostinho não foi tão fácil, pois lá já estavam alguns monges irlandeses e escoceses que havia recristianizado o norte da Inglaterra (Nortúmbria). O problema, porém, é que já existiam cristãos na Grã Bretanha (a Igreja Celta), e estavam lá provavelmente desde o Século II.            Mesmo que os Saxões tenham destruído muito a herança Céltica da Grã Bretanha, a antiga Igreja Celta sobreviveu em alguns lugares e, naturalmente, tendo se desenvolvido no seu isolamento, tinha algumas pequenas diferenças do cristianismo Continental.     Por exemplo, a Igreja Celta tinha simplesmente evitado as heresias cristológicas dos séculos IV e V, que foram sedimentadas no Concílios de Nicéia, Éfeso e Calcedônia.   Assim de um lado Roma e o papado, de outro os monges sob o comando de Iona que desconfiavam muito desses cristãos estrangeiros que se dava muito bem com os invasores e falavam em um papado do qual sabia muito pouco.   Em 603, Agostinho chamou representantes da Igreja Celta numa tentativa de convencê-los a se submeter as práticas e disciplinas romanas, mas eles recusaram. Santo Agostinho morreu em 605, mas a questão das diferenças entre a Igreja Britânica e a Igreja Romana continuou sendo motivo de controvérsias. A obra missionária iniciada por Agostinho foi consolidada por uma segunda missão romana liderada por Teodoro de Tarso.  
A Igreja Cristã na Inglaterra sempre reclamou a sua independência histórica, e mesmo que durante 850 anos a Inglaterra tenha sido nominalmente católica, ela sempre foi uma mancha para o papado. 


1053 

Quando Miguel Cerulário se tornou patriarca de Constantinopla, no ano de 1043, deu início a uma campanha contra as Igrejas latinas na cidade de Constantinopla, ordenando o fechamento de todas em 1053, envolvendo-se na discussão teológica da natureza do Espírito Santo, questão que viria a assumir uma grande importância nos séculos seguintes.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Cisma

ATUALIZANDO.

A Igreja Celta teve uma outra data marcante na história que foi o reconhecimento do papa como o primeiro patriarca e Roma como a primeira sede 2007.

Lutero nasce em 1483 e Ulrico Zuínglio e nasce em 1484.
1484+33=1517+
456+34=2007  490 ANOS









16 de novembro de 2007 
As Igrejas Ortodoxas reconheceram o Papa como “o primeiro patriarca” e Roma como a “primeira sede”, dois reconhecimentos que abrem caminho para a reunificação entre católicos e ortodoxos, separados desde o cisma de 1054. Assim assegura hoje [14] o diário italiano La Repubblica, que assinala que esse reconhecimento é o fruto da reunião realizada em outubro em Ravena (nordeste italiano) entre uma delegação da Igreja Católica e outra das Igrejas Ortodoxas.A delegação da Igreja Católica foi liderada pelo presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, o cardeal Walter Kasper, e a das Igrejas Ortodoxas foi presidido pelo metropolita Zizioulas do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.
O documento, segundo o diário, é “reservado” e contém 46 parágrafos. O jornal acrescenta que se trata de um “mapa de caminho” que pode levar à união destruída há quase mil anos. Embora os ortodoxos reconheçam o Papa e Roma, o texto acrescenta que “é preciso esclarecer qual será o papel do bispo da primeira sede”, ou seja, as prerrogativas do Pontífice. De acordo com o diário, o documento “delineia três pontos fundamentais: a comunhão eclesial, o concílio e a autoridade”.Acrescenta ainda que se reconhece o bispo como chefe da igreja local, que ninguém pode substituir, e que todas as partes concordaram em reconhecer que a “única e santa Igreja se realiza de maneira contemporânea em todas as igrejas locais, que realizam a eucaristia e realizam a comunhão de todas as igrejas”.
Em outras palavras, embora as Igrejas Ortodoxas reconheçam o Papa como primaz, sublinham que o Pontífice não pode atuar como um soberano absoluto que decide por si só e sem levar em conta as igrejas locais.O Vaticano, por enquanto, não fez declaração alguma a este respeito. Oriente e Ocidente se separaram com o cisma de 1054, com as excomunhões do Papa Leão IX e do patriarca Miguel Celurario. 


http://iasdcentralcampinas.org.br/igreja-ortodoxa-reconhece-o-papa-e-roma/

POR MAIS  QUE ESTAS MEDIDAS DA HISTÓRIA venha se repetir ainda exisitirá pessoas com dificuldades de entender que Deus esta no controle de todas as coisas.